Crítica Filme: The Kitchen


Crítica Filme: The Kitchen

Imagem ilustrativa


SINOPSE

A desigualdade entre ricos e pobres chega ao extremo, e o The Kitchen é um conjunto habitacional que resta para uma comunidade pobre. Um garoto vai sobreviver sem sua mãe, que morre no início. A comunidade negra vai ser parte da trama, acompanhado de uma gangue de motoqueiros rebeldes que apresenta no início da película. Tanto a sinopse, como o trailer procura apresentar um forte indício de uma crise humanitária. Mas, ao terminar de assistir, você notará alguma falta nesses ideais que serão perdidos na trama. Vamos analisar mais esse longa-metragem, e descobrir algumas cenas além dos olhos naturais, e o que realmente está por trás de cada imagem exibida.


The Kitchen: 2023, 1.48

Direção: Daniel Kaluuya

Produção: Film 4; DCM Productions

SINOPSE O INÍCIO

A informação principal mostra que o filme está em Londres no ano 2044.

O Título original em Inglês “The Kitchen” significa em tradução livre “a cozinha”, mas pode ser entendido de outras maneiras. A intenção aqui é mostrar um conjunto de prédios invadido por comunidades pobres.

As primeiras imagens mostra um grupo de motoqueiros que aborda um caminhão, e faz o saque da carga, levando-a para sua comunidade pobre. O prédio em 5.55 é o "vida após a vida", um local de preparação de velório para comunidade para a comunidade que recebe todo um conforto no velório. Aqui depois de sepultado o corpo, um membro da família recebe uma muda de árvore. Ela deve sempre cuidar dessa muda, que representa o seu falecido. A primeira capela a ser explorada é a de número 6.

Esse é o único número que aparece nas imagens. Lembrando que, a numerologia sempre está associada às películas modernas. Não houve um jogo em sua apresentação numérica, mas, o número 6 já representa o próprio homem em si. Seus ideais e possivelmente suas expectativas sobre a vida, e o futuro.

Os vinte minutos iniciais mostra o garoto Benji que sua mãe havia morrido. Sua aventura o leva a uma comunidade de jamaicanos onde encontra abrigo. Um prédio tomado por essas famílias são exibidos como comunidade perigosa, e vigiadas por drones da polícia local.

Izi recebe uma mensagem para adquirir um apartamento, e em uma hora de filme ele visita o local pela primeira vez. O Buena vista. Em 1.10 Izi chega ao apartamento e recebe boas vindas. Sua presença no novo apartamento parece meio confusa, já que no final ele não faz questão da moradia.

ATAQUE A THE TICHEN

Em 1.14 o prédio sofre um novo ataque da polícia NIKE Em 1.16 o símbolo da Nike aparece na jaqueta de Benji por duas vezes seguida. Ele fica de costas olhando para janela, e o “símbolo” é focado em destaque pela câmera. Esse é um forte indício de uma parceria com a empresa, o que lhe dá o direito de apresentá-la.

OLHO POR OLHO

Em 1.22 depois do ataque, o grupo se reúne e um código e recitado ao garoto:

Olho por olho, dente por dente, se te ferir, deve ferir também. Isso é guerra.

Esse uso de código de guerra, é uma representação da antiga “Lei de Talião” usada no Antigo Testamento pela nação de Israel (Êxodo 21).

Mesmo os editores colocando essa semelhança no roteiro, nada em seguida se compara ao que foi dito. Há um confronto, mas nada que configure uma Lei de Talião. A apresentação fica somente pela intenção verbal, já que o filme não mostra tais cenas do sistema apresentado.

Em 1.24 a equipe de motoqueiros invade a cidade e faz outro saque nas lojas como retaliação. Em 1:25 Benji é acolhido por Izzy. Ele resolve acolher o garoto que ficou órfão, e recebe a árvore que foi plantada no dia que sua mãe faleceu.

A ÚLTIMA INVASÃO

Em 1:33 a polícia volta a invadir o edifício. Alguns deles são encurralados e agredidos por várias pessoas. As cenas são simples, sem mostra de agressões fortes. O filme termina com Izzy em seu quarto, olhando pela janela junto com Benji. O seu novo apartamento não foi mencionado no que seria feito por ele. Mas percebemos que ele faz uma escolha para cuidar de Benji na mesma comunidade.

A SOCIEDADE RICA

A sociedade rica mencionada na descrição não aparece no filme. As imagens que aparenta exibir essa classe, ficou somente na aparição dos prédios exibidos. Com isso, infelizmente ficou vago a ideia de luta das classes ricas e pobres, sem ao menos ser mencionado o que levaria ao confronto. A sociedade principal é a dos pobres, que fazem parte de uma invasão a um edifício.

Outro ponto importante é a comunidade negra em grande número no filme. Não há excessos de violência nas imagens, cenas de sexo ou da comunidade LGBT, que em outras películas estão sendo valorizadas em grande parte das cenas.

Não se percebe, um segundo enredo, o que muitos roteiristas sempre deixa no final. A questão pode ficar a cargo dos fãs e de suas expectativas quanto ao final.

Nossa crítica avaliou as cenas centrais, e não foram encontradas subliminares inseridas de propósitos, o que valoriza a história. Cenas que colocariam a película em restrições de idade também não foram inseridas, e somente o número (6) seis, que aparece em um ponto. Essa questão não o qualifica como sendo um roteiro místico, ou ocultista.



Crítica Opinionews 2024

Os Editores: João B. Lima e Maycon John

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